Nós saímos da Fonte Criadora (Deus) como centelhas divinas para vivenciarmos todos os seus dons e atributos. Cada uma dessas centelhas divinas – que sou eu, você, todos nós – viemos constituídos de uma frequência energética. Isso pode definir o tipo de missão ou que tipo de dons e atributos de Deus que cada um veio vivenciar.
Quando saímos da Fonte éramos puros, no decorrer de nossas vivências, e aqui atento para todas que podemos ter tido em outras dimensões, planetas e universos, fomos adquirindo aprendizados e também cometendo erros e enganos que são chamados de Karmas.
E então, começa o questionamento:
Se as a pessoas lembrassem suas vidas anteriores, poderiam corrigir seus erros e não cometê-los novamente?
Será que isso é verdade?
Mas e se pensarmos que esse tipo de processo encarnatório, “de não lembrarmos”, faz parte de um plano divino muito maior e mais bem orquestrado do que aquilo que podemos imaginar, ou tudo que já nos foi falado e ensinado?
Penso eu que o motivo de não me lembrar das vidas e meus erros anteriores é porque, a cada nova vida, tenho a oportunidade de vivenciar os dons e atributos da mesma forma de quando eu saí da Fonte.
Se eu viver uma vida reta sem cometer os erros que já cometi, não sabendo quais são eles mas de alguma forma não os cometendo novamente, é porque aprendi que devo tratar o próximo da mesma forma que gostaria de ser tratado, compreender a natureza e sua grandeza, cuidando do planeta onde vivo. Isso seria uma forma de evolução, haja visto que Deus é amor e não nos julga pelo que fazemos. O julgamento de nossas atitudes cabe a nós mesmos, pois não podemos esquecer que saímos da Fonte e então fazemos parte dela. A cada novo dia temos a oportunidade de aprender sobre a grandiosidade do projeto vida.
Realmente, são muitos questionamentos e podem surgir mais, até mesmo sobre como se formam os Karmas. Porque, se a cada nova vida é como se zerássemos o escore e tivéssemos uma nova chance de começar a partir das coisas boas que já aprendemos, não deveríamos ter que voltar para fazer resgates.
Então por que se fala tanto em Karma?
Bem, acho que os “Karmas” não nos são impostos por um Deus, ou Conselhos punitivos, que espera errarmos para julgar e imputar castigos ou fardos que teremos que carregar em nossa próxima empreitada no caminho da evolução. Karmas são cargas de culpa que nossa própria consciência acaba nos atribuindo porque, no nosso inconsciente, sabemos da nossa missão e compreendemos que nossos erros nos afastam dela, aumentando e dificultando o caminho de retorno à Fonte.
Se olharmos para nossa vida, somos nós que escolhemos o que estamos passando e isso, com toda certeza, é melhor que julgarmos o que podíamos ter. Então não devemos reclamar, as escolhas foram e sempre são nossas.
O que devemos ter em mente é que, a cada amanhecer, temos uma chance de sermos melhores, e esta vida é uma oportunidade que temos de evoluir.
Nos livrar das culpas que carregamos, fazer tudo de uma forma diferente do que já foi feito e focando no bem maior, é o caminho que devemos trilhar para chegar à conclusão de nossa missão. Viver o presente, planejar o futuro sempre baseado no bem comum, e consultar o passado como um livro de aprendizado que trazemos para nos lembrarmos de onde viemos, quem somos e o que trilhamos até aqui, é o grande segredo dos mestres que já ascensionaram. Desapegar de tudo que nos prende à materialidade e às culpas que carregamos, obviamente tendo consciência do aprendizado que tivemos com elas, nos levará ao grande entendimento de que fazemos parte do Todo.