Nesta nova série que estou lançando quero contar sobre casos de regressão, que foram bem marcantes no consultório e ajudaram as pessoas a solucionar problemas que estavam atrapalhando suas vidas.
Pra começar escolhi uma história muito interessante, que a paciente ficou muito feliz de ser a primeira.
Em 2014 uma paciente, que aqui vou chamar pelo nome de Maria, me procurou para fazer regressão, pois ela tinha um problema de visão, em que estava ficando cega, segundo ela. Havia feito diversos exames, consultado médicos em outros estados, e todos eram muito categóricos em afirmar que ela não tinha doença alguma que pudesse causar cegueira ou pelo menos a diminuição de sua visão. Detalhe que ela tinha somente 18 anos.
Um dos últimos médicos que ela consultou, pediu que ela fosse se consultar com um psicólogo para descobrir se não era algum trauma que estava causando isso. Depois de passar por diversos profissionais, acabou indo parar no consultório que eu atendia na época. Após uma avaliação, sugeri que fizéssemos uma regressão para ver se encontrávamos algo bloqueado em seu inconsciente que pudesse ajuda-la.
A primeira sessão foi um pouco difícil pois ela, talvez por não ter confiança em mim, como acontece na maioria dos casos que estão passando pelo processo a primeira vez, não conseguia nem relaxar. Conversamos bastante, expliquei detalhadamente todo o processo, e propus que na próxima ela focasse somente no relaxamento.
A segunda sessão ocorreu de uma forma muito tranquila, ela relaxou, conseguiu fazer visualizações que eu propus, e dessa forma fomos criando confiança uma na outra, e a empatia foi aumentando.
Na terceira sessão, ela já estava completamente confiante, e então a regressão aconteceu. Me lembro até hoje de ser um dia frio, e ter presenciado coisas meio estranhas, que não condiziam com a temperatura ambiente.
Ao chegar para a sessão ela se sentou na poltrona, e fizemos o relaxamento, quando estava em estado alterado de consciência (isto é, relaxada) a induzi a acessar uma vida que pudesse entender o que estava acontecendo com ela nesta vida.
Rapidamente ela começou a ficar com a respiração acelerada, dizendo se sentir presa.
Eu: Diga-me onde está? Olhe ao seu redor.
Maria: Tem muita gente, e todos estão com medo.
Eu: Você sabe qual é a época?
Maria: Não faz muito tempo, algo entre 1940 e 1945. Talvez 1944.
Eu: Quantos anos você tem?
Maria: Eu e minha irmã temos 10 ou 11 anos, somos pequenas. Ela está chorando muito.
Eu: Onde vocês estão?
Maria: Acho que na Polônia.
Eu: Você é polonesa?
Maria: Não, eu sou judia.
Eu: O que vocês fazem lá?
Maria: Fomos levadas, não sabemos o que vai acontecer.
Eu: Deixe a cena correr e me diga o que acontece.
Maria: Somos levadas a um tipo de alojamento.
Eu: Vocês estão sozinhas? Seus parentes estão com vocês?
Maria: Não! Fomos arrancadas dos braços da minha mãe. (Nesta hora ela começa a chorar dizendo que estava com medo)
Eu dissociei ela da cena para que pudéssemos continuar.
Maria: Tem mais crianças ali com a gente. Acho que são gêmeos também.
Eu: Mais adiante o que acontece com vocês?
Maria: Depois de alguns dias, fomos levadas a uma sala, onde sentamos numa espécie de poltrona.
(Tenho que abrir um parenteses aqui. Alguns meses depois ela me enviou essa foto, muito emocionada, relatando que era assim que fizeram com ela. Quando me deparo com esse tipo de história vejo as atrocidades que o ser humano é capaz! E quanto disse ainda ocorre hoje?)
Eu: Você e sua irmã?
Maria: Sim, ela numa e eu em outra.
Eu: E porque vocês estão ali?
Maria: Vão fazer exames na gente, para ver se estamos saudáveis. Estão examinando meus olhos….
Nesta hora ela começa gritar, coloca as mãos nos olhos e se desespera.
Eu: Seguro em sua mão peço que se acalme, e dissocie. Pergunto o que acontece depois.
Maria: Colocaram um tampão em meus olhos. Acho que me levaram para o alojamento novamente.
Eu: E sua irmã?
Maria: Não sei, Chamei por ela, mas ela não está ali. Ela não responde.
Como era um dia frio tinha colocado um cobertor sobre ela, mas percebi que começou a suar muito, então retirei o cobertor.
Maria: Eu estou queimando, acho que estou com febre….
Eu: Visivelmente ela estava sentindo os efeitos agora, pois suava de escorrer pelo rosto.
Maria: Escuto passos, alguém está se aproximando…. Acho que é um homem e uma mulher…. eles dizem …. neste momento ela falou uma frase que talvez seja em alemão ou polonês…
Eu: o que isso significa?
Maria: “Será que ainda enxerga?” Eles tiraram os tampões dos meus olhos…. eu não enxergava nada. A mulher dizia, com essa febre ela não dura mais dois dias…. Eu sentia muita dor…..
Eu: O que aconteceu depois?
Maria: Perdi a consciência…. vejo meu corpo em cima de uma cama…. não vejo minha irmã….. dois homens entram, pegam meu corpo e levam pra fora…. acompanho ele….. Vou ser incinerada….. Me queimaram…. Não existe mais dor…… só tristeza e desespero….
Eu: O que mais você vê?
Maria: Somente o vazio….. a alguém falando venha minha criança… nós vamos cuidar de você!
Eu: Tem mais alguma coisa que você precisa ver ali?
Maria: Não.
Depois disso tratamos e resignificamos o que precisava, limpamos e alinhamos a parte energética e encerramos a sessão.
Dois meses depois recebi a grata noticia de que sua visão já esboçava melhoras, e hoje utiliza apenas óculos para longe, e está quase se formando na faculdade.
Quando o paciente se dispõe a descobrir e tratar seus bloqueios, o resultado pode ser visto como um milagre para uns e libertação para outros. Eu digo que são os dois.
Quero agradecer a “Maria” (foi utilizado nome fictício para preservar a identidade da paciente) essa pessoa querida, pela sua confiança, por todo aprendizado que tive com ela, pela sua generosidade de me permitir compartilhar sua história.
Se vida passada existe ou não, se é uma história tirada do inconsciente coletivo, se tudo isso foi uma metáfora inventada por sua alma para ajuda-la a se libertar, não me importa. O que me interessa é a melhora do paciente.
Até a próxima história!
Um grande abraço a todos!
Emocionante!!!
Caso ainda tenha contato com sua cliente, diga que desejo-lhe muito sucesso, inspiração e prosperidade.
Gratidão e muito sucesso pra Você.
Tenho sim Ju! Pode deixar que passarei a ela!
Eu que agradeço por sua generosidade!
Uauuu! ! Esse relato é de perder o fôlego!
Parabéns pelo belo resultado!
Que Deus te abençoe e ilumine sempre o seu trabalho!
Obrigada Gi!!! Realmente foi bem intenso! E gratidão por suas palavras!Bjs