Toda vez que é tocado nesse tema dentro do consultório temos diversos questionamentos sobre o que é, para que serve, se todo mundo tem…. E pode-se ver que poucas pessoas tem conhecimento de seus dons, mesmo quando sabem que tem, não compreendem, não usam em favor de sua missão.

Neste post iniciarei uma caminhada, junto a vocês, para entendermos o que é ter mediunidade e como podemos usar em nosso favor.

A maior dificuldade está em perceber qual é o dom, identificar, sentir, para depois poder desenvolver. Tudo deve começar olhando para dentro, observar seu interno, não existe outra forma de saber a respeito de seu dom, sem fazer uma jornada interna, sem fazer e desconstrução do ego. Se reconhecer como indivíduo, e também como parte de um todo.

Neste ponto começa nosso estudo sobre os tipos de mediunidade, que tipo de médium podemos ser, e ter um diretriz para começar essa investigação em nós mesmos.

Quando falo isso, me lembro de uma lenda que li em um livro quando fazia pós em acupuntura que contava que “a deusa da luz Amaterasu O Mikami tinha discutido com outros deuses. Então, ela se isolou numa gruta hermeticamente fechada por uma enorme pedra. E assim, a noite se espalhou pela terra. Para fazê-la sair de sua caverna, um deus teve a ideia de organizar uma grande festa. Com a barulheira noturna e a curiosidade feminina, Amaterasu O Mikami entreabriu sua porta.Ela deu de cara com sua própria imagem num espelho, segurado pelo deus esperto que organizou a festa. A deusa tinha os reflexos lentos. Ficou estupefata de se ver que ficou imóvel alguns instantes. Os deuses aproveitaram esse tempo para abrir bem a porta.” (Retirado do livro A cronobiologia chinesa – Gabriel Fauber e Pierre Crepon)

O que podemos aprender com esse conto é que cada um tem sua luz só precisa encontra-la, porque ela está bloqueada mentalmente por nós. Para isso nós temos que olhar para nós mesmo e descobrir nossos dons.

A mediunidade pode ser expressada de várias formas de indivíduo para individuo. Durante esse tempo que estou trabalhando como terapeuta pude perceber que existem duas forças energéticas que se manifestam nas pessoas. Umas têm energia de cura e outras de limpeza. A percepção delas quando nos concentramos para diferencia-las é que a de cura é mais sutil, leve, tranquila, e a de limpeza é mais densa, vibracionalmente mais rápida, quem é um médium sensitivo pode perceber essas nuances.

Agora vou falar um pouco sobre as manifestações mediúnicas que já vi nas pessoas.

Um dos dons que mais causam curiosidade é o da vidência, as pessoas que tem muitas vezes perdem o controle sobre ele ou não sabem fazer a interpretação, e quem não tem gostaria de saber como é, e se podem desenvolvê-lo, ou tem medo de que se manifeste. Existem 3 formas que conheço da vidência se manifestar: a direta, onde o médium pode ver as entidades como veem algo material. Intuitiva, o médium vê com a mente, com os olhos da alma, com o eu interno, é como se víssemos a entidade com os olhos do Duplo Etérico. Focalizada, é quando o médium tem a vidência através de ou objeto, como por exemplo, um copo d’água.

Médium intuitivo e sensitivo, é um dom que muitas pessoas tem, mas não sabem disso. É onde o médium tem a capacidade de sentir ou prever os pensamentos e atitudes de um espírito ou de um encarnado, pela conexão entre os corpos sutis, principalmente mental e emocional. Quando se tem a facilidade de se conectar o a aura de outra pessoa, você pode perceber sentimentos, emoções, pensamentos do outro. A pessoa que tem esse tipo de dom pode sofrer com a energia captada do outro, tendo que frequentemente fazer limpezas energéticas. Existe também a Psicometria, onde o médium tem a habilidade de perceber a vibração de locais e objetos.

Já no dom de audiência é a capacidade do médium ouvir claramente entidades, tanto positivas quanto negativas. Com esse dom a pessoa pode receber mensagens e se comunicar com esses seres. Normalmente que tem o dom de vidência tem de o de audiência, mas isso não acontece ao contrário, as vezes a pessoa tem só o de audiência.

Dom de desdobramento e transporte, quando fazem projeção, consciente, se afastam do corpo físico para desenvolver outras atividades. Esse dom é muito utilizado em trabalhos de apometria.

Já quem tem o dom de psicografar, que é a aptidão de receber comunicações pela escrita, pode ser dividido em 3 tipos:
Intuitiva: recebe as mensagens no corpo mental e as passa para o papel.  Semimecânica: o espírito atua, na mente e na mão do médium.
Mecânica: o espírito age unicamente na mão do médium. Assim como na Psicopictografia, que o espírito utiliza-se da mão do médium para pintar.

Muito parecido com o anterior, a Psicofonia é a comunicação dos Espíritos através da fala; ou seja, é utilizado o aparelho fonador do médium pelo espirito. Em alguns casos pode se apresentar xenoglossia onde o médium não conhece a lingua falada.

Dom de Limpeza ou desobsessão, é quando o médium tem a capacidade de captar as vibrações desajustadas no campo áurico de uma pessoa,  limpa-las e harmoniza-las.

O dom de cura, é onde o médium através dos chakras das mãos emite uma frequência vibratória que tem a capacidade de captar e realinhar desarmonias que causam doenças, tanto físicas, como emocionais.

E para terminar, vou falar dos dons de efeitos físicos, comuns no passado, mas que estão se tornando cada vez mais raros. É onde o médium tem a capacidade de produzir fenômenos materiais, como materialização de espíritos, movimentos de corpos inanimados ou provocar ruídos, entre outros.

Ainda tem o dom de incorporação e profecia que serão tratados nos próximos textos, pela complexidade do assunto.

Neste post falei sobre os tipos de mediunidade, mas esse é o inicio de uma jornada para descobrirmos nossa forma de nos reconhecermos como indivíduo e como médium, e além disso, esse é o primeiro passo para entendermos nossa missão. Aguardem o próximo post, está sendo preparado com todo carinho para vocês.

Qualquer dúvida, entrem em contato, pois teremos o maior prazer em responde-lo!

Um grande abraço!